segunda-feira, 28 de julho de 2008

Leda...

Aproximando-se cada vez mais, a ponto de ficar cego, o Bobo fechou os olhos..
Andou mais um metros e ouviu uma voz:
-O que aconteceu?
Ao abrir os olhos, viu Leda, o amor da sua vida.
-O Malabarista foi embora! -disse o Bobo, chorando- E eu não sei oque fazer.
Leda olhou o Bobo nos olhos e o abraçou. Ele foi envolvido por uma coisa quente, como se uma manta tomasse conta do seu corpo, fazendo com que tudo de ruim fosse embora, e só felicidade existisse dentro dele.
Ele ficou com o corpo mole e caiu no colo de Leda. Ela repousou a cabeça dele no seu ombro, e adormeceu, junto com ele.
Ao acordar, o Bobo olhou para o lado e viu ela.
E ficou observando-a dormir, e percebeu que essa era a melhor coisa do mundo, e que o tempo nao passava enquanto ele a fazia.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Vagando pela memória

Voando, grandes aves negras cobrem o Sol.
O mundo fica escuro, só sendo iluminado pela luz do último vagão de um trem.
As plantas vão morrendo, os cachorros e gatos enlouquecem, e, cegos, batem com a cabeça nas paredes ao redor.
Casais que antes andavam de mãos dadas se separam, pais e filhos agora se odeiam..
A vida está agora ao contrário, já que seu irmão foi embora.
O Bobo não sabe oque faz enquanto lembra os momentos vividos ao lado do seu irmão, se chora, se o segue, ou se vira as costas.
Porém, ao longe, enxerga uma luz. Corre em direção a ela...

sábado, 5 de julho de 2008

O circo vai embora

Picadeiro desarmado, coisas arrumadas num canto, animais presos noutro.
O Bobo corre à procura do Malabarista, será que ele já fora embora?
Depois de muito procurar, encontrou o Malabarista sentado num canto escuro, parecia triste. Então o Bobo sorriu, e perguntou:
-Oque é isso amigo, não está feliz de voltar pra casa?
O Malabarista levantou o rosto, sem a preocupação de limpar as lágrimas que corriam pelo seu rosto.
-Meu lugar é aqui, disse ele, perto de você! Aqui é o único lugar no qual consegui conquistar mais que um amigo, te tornastes um irmão pra mim. E mesmo tendo nos afastado um pouco de uns tempos pra cá, o lugar do meu coração reservado às lembranças que vivi junto a ti, está guardado.
Um sentimento estranho tomou conta do Bobo, seu estômago começou a embrulhar. Como pudera fazer o mal a tão amável criatura. Como pudera fazer isso a uma pessoa que gostava tanto dele, e da qual gostava tanto.
Uma sirene tocou, enquanto o pensamento do Bobo voava.
-Chegou a hora de eu ir, falou em tom de tristeza o Malabarista.
O Bobo estava pensando em muitas coisas pra dizer, e acabaria se enrolando caso tentasse pronunciar alguma palavra.
Ao invés disso, deu um abraço forte no Malabarista, um abraço daqueles que diz "pode contar comigo, estarei sempre aqui!". Foi retribuído com duas palavras, que simbolizavam tudo o que ele queria dizer, mas não pensara no modo.
-Seja feliz!, susurrou o Malabarista sorrindo.
Um olhou o outro, um olhar profundo.
Se viraram, e cada um seguiu sua direção. Sabendo que o adeus, era na verdade um até logo.